Presidente da Câmara disse que projetos do Executivo que foram bons para a população serão aprovados
O presidente da Câmara Municipal de Salvador, vereador Carlos Muniz (PTB), deu o tom de como conduzirá os trabalhos da Casa Legislativa durante a sua gestão. “O projeto que chegar do Executivo e for bom para o povo de Salvador nós aprovaremos imediatamente”, disse o edil em entrevista, nesta segunda-feira, 30, ao Programa Sociedade Urgente, na Rádio Sociedade da Bahia.
Muniz ressaltou que deseja uma relação harmoniosa com a Prefeitura, com respeito e parceria, mas defendeu a independência entre os poderes. Como presidente, ele disse estar comprometido com a melhoria da saúde, educação e do transporte público e que vai atuar para que não haja aumento dos impostos.
“Durante a minha gestão, o aumento de impostos será zero. Se houver uma correção, não tem problema. Em 2020, houve uma correção do IPTU, mas houve um aumento de 50% na taxa de lixo. Isso aí comigo não existe. Podem existir as correções. A inflação aumentou 6%, vamos corrigir 6%, mas o aumento de imposto de forma alguma será votado na Câmara”, destacou o presidente do Legislativo Municipal.
O presidente falou que vai conduzir os trabalhos da Casa em prol do povo e, para isso, manterá uma relação de harmonia entre os poderes. “Quando você se torna presidente, você se torna um juiz. O que nós queremos é beneficiar o povo de Salvador. Para beneficiar você não pode estar brigando com o Executivo. Você tem que falar a verdade e cobrar que faça aquilo que o povo precisa”, afirmou Carlos Muniz.
Saúde, educação e transporte
Para Carlos Muniz, a gestão municipal tem focado na melhoria da infraestrutura da cidade, mas precisa avançar nas áreas de saúde, educação e mobilidade urbana. O transporte público é uma das pautas prioritárias do presidente. “A gente tem uma capital muito pobre e que necessita de muita coisa, não só na parte de infraestrutura. A Prefeitura tem feito coisas boas nessa parte, mas deve ainda deve muito na parte de saúde, educação e de transporte. O transporte público de Salvador é um dos mais caros do Brasil e, se você for ver, o pior sistema. Eu quero fazer um trabalho para amenizar esse sofrimento. É muito difícil você chegar no horário de pico e pegar um transporte sujo, de má qualidade e caro”, disse.
Muniz criticou também a mudança na legislação feita na gestão do ex-prefeito Antônio Imbassahy que permite que o aumento da tarifa do transporte público seja decidido pelo Executivo Municipal sem necessidade de aval dos vereadores. Ele, contudo, disse que buscará diálogo com o prefeito e com vereadores para que sejam feitas mudanças na lei que ajudem na redução do valor da tarifa.
“Eu acredito que a Prefeitura não deve cobrar ISS do transporte público, o Governo do Estado não deve cobrar ICMS sobre combustível, compra de ônibus e reposição de peças para o transporte público. Quem está pagando, de qualquer maneira, é o povo. A gente tem que limitar esses impostos para que, ao invés da passagem aumentar, ela baixe. Isso que quero conversar com Bruno Reis (União Brasil) e Jerônimo Rodrigues (PT) para que a passagem até possa ser reduzida”, defendeu o presidente.
Presidência
Para Carlos Muniz, a responsabilidade como presidente do Legislativo Municipal abrange todas as áreas. “Você tem que dar atenção a todos os vereadores, ao povo porque você tem um poder maior. Eu tenho esse cuidado e não vou abandonar as bases. Você tem muito mais obrigações (como presidente), mas minha agenda quinta, sexta e sábado é na comunidade. O vereador é procurador do povo o tempo todo”, pontuou.
O presidente do Legislativo Municipal também falou como pretende conduzir seu mandato. De acordo com ele, a Câmara está organizada, após a presidência de Geraldo Júnior, quando alguns problemas de infraestrutura e gestão foram resolvidos. Agora, ele pretende aproximar ainda mais a Casa do cidadão. “A Câmara estará mais aberta ao povo do que nunca. Eu sempre sonhei em ser presidente para que isso acontecesse. Pode ter certeza que os vereadores, todos eles, opinarão e o povo terá acesso à Câmara”, garantiu.
Fonte: A tarde