Segundo o ex-prefeito, o tratamento dado ao equipamento é reflexo de uma administração que não valoriza a história
O ex-prefeito de Salvador e secretário-geral do União Brasil, ACM Neto afirmou, nesta quinta-feira (20), que a situação em que se encontra o Teatro Castro Alves (TCA) atualmente, é um reflexo do que chamou de falta de investimentos do governo da Bahia na cultura. O aparelho está fechado desde o último 25 de janeiro, após um incêndio que atingiu o seu teto.
“O Teatro Castro Alves é um dos maiores símbolos da arquitetura moderna brasileira, um dos mais importantes patrimônios da nossa cultura e da nossa história, e o governo estadual simplesmente nada fez ainda para devolver o espaço aos baianos e aos artistas”, afirmou.
Além do que foi destruído com o incêndio, Neto apontou que, durante as inspeções para as obras, outros problemas mais antigos da estrutura vieram à tona, como poltronas rasgadas, camarins com infiltração e vazamentos, acústica e outros equipamentos tecnológicos defasados. Fatores que ele classificou como descaso com o patrimônio histórico baiano.
“A última grande reforma do Teatro Castro Alves aconteceu em 1993, portanto, há 30 anos. Aqueles que nos governam há 16 anos prometeram algumas vezes e nunca cumpriram. Em 2018, o então governador Rui Costa disse que iria fazer uma grande reforma na sala principal do teatro, e nada saiu do papel”, pontuou.
Neto cobrou que o governo do Estado tome providências imediatas para a realização da reforma do TCA e citou como exemplo o Centro de Convenções. “Já vimos acontecer coisas parecidas no Centro de Convenções, que acabou desmoronando. Hoje o equipamento está lá, sem nenhuma utilização. A gente quer que o governo reforme o TCA e aproveite para começar a fazer o que não aconteceu nos últimos 16 anos, que é investir e priorizar a cultura como elemento fundamental dos baianos”.
Fonte: Muita Informação
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