‘Que as medidas cabíveis sejam tomadas para ninguém tratar apologia ao trabalho escravo como algo normal’, destacou o prefeito
O prefeito de Salvador, Bruno Reis (União Brasil), também se manifestou por meio das redes sociais sobre a declaração xenofóbica e racista do vereador Sandro Fantinel (Patriota-RS), que ofendeu os trabalhadores encontrados há cinco dias em condição análoga à escravidão em Bento Gonçalves (RS).
“As falas do vereador do Rio Grande do Sul sobre os trabalhadores em situação de escravidão nas vinícolas são bizarras! Elas retratam a xenofobia e o racismo em sua pura essência. O que vinha acontecendo é inadmissível e precisa ser punido para jamais acontecer novamente. Que as medidas cabíveis sejam tomadas para ninguém tratar apologia ao trabalho escravo como algo normal. Precisamos dar um basta nisso!”, destacou o prefeito no Twitter.
As falas do vereador do Rio Grande do Sul sobre os trabalhadores em situação de escravidão nas vinícolas são bizarras! Elas retratam a xenofobia e o racismo em sua pura essência. O que vinha acontecendo é inadmissível e precisa ser punido para jamais acontecer novamente.
— Bruno Reis (@brunoreisba) March 1, 2023
Durante uma sessão na Câmara Municipal de Caxias do Sul (RS), nesta terça-feira (28), Fantinel disse que era previsível esse tipo de problema “com baianos, que a única cultura que têm é viver na praia tocando tambor”. Na ocasião, o edil também minimizou a exploração dos trabalhadores por parte dos empresários e questionou, em tom de deboche, se as empresas terão que colocá-los em “hotel cinco estrelas”.
O governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues (PT), acionou a Procuradoria-Geral do Estado (PGE-BA) para a adoção de medidas cabíveis para que o vereador seja responsabilizado judicialmente pela sua fala. Nas redes sociais, o petista destacou que era “desumano, vergonhoso e inadmissível ver que há brasileiros capazes de defender a crueldade humana”.
Após a repercussão negativa do caso, Fantinel minimizou a sua declaração xenofóbica. Em entrevista ao jornal O GLobo, o patriota disse que “fez uma fala que foi um pouquinho infeliz” e que não tem “nada contra o povo baiano, mas citou (os baianos) porque eles estavam envolvidos no processo”.
Fonte: Bahia.ba