março 22, 2025
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Apneia do sono afeta três a cada dez pessoas; saiba o que é mito e verdade

Se não tratado, com o passar do tempo o distúrbio pode levar a complicações cardiovasculares e metabólicas

Um estudo sobre a prevalência de apneia do sono, do professor Sergio Tufik, aponta que 32,9% da população têm o distúrbio. Em São Paulo, um levantamento mostrou que a cada dez pessoas, três são acometidas. A apneia obstrutiva do sono, se não tratada, pode gerar complicações graves, como problemas cardiovasculares e metabólicos, incluindo arritmias e infartos. O tratamento adequado é essencial para prevenir complicações e garantir melhor qualidade de vida ao paciente.

O tratamento para apneia obstrutiva do sono deve ser individualizado e depende de uma avaliação clínica detalhada. O especialista realiza anamnese e exame físico direcionados, buscando identificar fatores de risco modificáveis, como excesso de peso ou problemas respiratórios. Quando necessário, exames complementares podem ser solicitados para definir o melhor tratamento.

Diversos fatores contribuem para o surgimento da apneia, como predisposição genética, idade avançada, obesidade e sedentarismo.

“O ar deve passar livremente pela via aérea superior. Quando o ar passa com dificuldade, faz o barulho do ronco. A pessoa pode roncar e não ter apneia. Existem diversas situações que podem levar uma pessoa a roncar e/ou ter também a apneia”, explica a médica Andréa Barral, pneumologista especializada em Medicina do Sono, responsável pelo ambulatório de Medicina do Sono do Hospital Especializado Otávio Mangabeira e integrante da equipe do Hospital São Rafael/Rede D’Or.

Andréa alerta que a apneia obstrutiva do sono grave não tratada, com o passar do tempo, pode levar a complicações cardiovasculares e metabólicas. “Existem já relatos de associação com arritmia, infarto, então é necessário tratar para evitar essas complicações”, pontua.

“Existe também o tratamento com fonoterapia, os exercícios que o fonoaudiólogo pode fazer para fortalecer a musculatura da via aérea. Existe o aparelho intraoral, que o dentista especialista em sono também pode fazer, quando é indicado. E também existe o aparelho de pressão positiva, que é o CPAP, que é um aparelho que vai gerar uma pressão positiva na via aérea, mantendo aberta a via aérea”, explica a médica.

Confira mitos e verdades sobre apneia do sono

Quem ronca tem, necessariamente, apneia do sono

Mito. Existe o ronco primário, pessoas que roncam e não têm apneia obstrutiva do sono.

Crianças nunca têm apneia do sono

Mito. Crianças podem ter ronco e apneia, depende dos fatores de risco que apresentem.

Apneia do sono só acomete obesos

Mito. Pessoas magras também podem roncar. Depende dos fatores de risco.

Apneia pode causar morte súbita

Não é o mais frequente, mas pode acontecer.

Para evitar apneia, é importante dormir sentado

Muitas pessoas percebem melhora do ronco no decúbito lateral. Se a pessoa, além da apneia, tem refluxo, elevar a cabeceira faz se sentir melhor.

Boca seca e acordar tossindo são sinais de apneia

Não necessariamente. A pessoa pode acordar engasgada e tossindo de uma apneia, sim. Mas boca seca a pessoa pode apresentar se tiver uma rinite ou obstrução. É muito importante a história clínica.

Apneia do sono não tem cura

Tem tratamento e, dependendo do fator de risco, se for algo completamente modificável, o paciente pode resolver o quadro.

Basta mudar o estilo de vida (perder peso, incluir atividade física e evitar bebida alcoolica) para resolver a apneia

Mito. Mudanças no estilo de vida são importantes, mas para alguns pacientes pode não ser o suficiente.

Apneia afeta a memória e a concentração

Verdade. Quem tem qualidade do sono alterada pode ter alteração de atenção, concentração e memória.

Se não tratada, apneia do sono encurta a vida

Se não tratada, a apneia grave pode levar a complicações cardiovasculares metabólicas.

Insônia e apneia estão relacionadas

Verdade. O paciente, quando acorda, lembrando ou não de ter engasgado, sufocado, pode acordar em estado de alerta, com taquicardia e pode simplesmente acordar com dificuldade para reiniciar o sono. Então, sim, existe relação.

Fonte: Muita Informação

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